Saiba como é realizado o tratamento para alcoolismo é importante porque, atualmente em nossa sociedade, o álcool é uma droga socialmente aceita consumida tanto em festas ou em casa. No entanto, quando consumido com frequência e em grandes quantidades, o indivíduo pode desenvolver dependência ao álcool.
O alcoolismo acaba afetando a vida do indivíduo de várias maneiras e assim, gera dependência física e psicológica da substância.
As consequências que surgem em longo prazo por conta do consumo abusivo de álcool podem ser irreversíveis, por isso é importante tratar o viciado para que ele suspenda o consumo do álcool e foque apenas em melhorar a sua qualidade de vida.
Conheça os sinais, os tratamentos e quando é necessária uma internação para desintoxicar e recuperar o dependente de bebidas alcoólicas. No artigo a seguir, falaremos um pouco mais como é realizado o tratamento para alcoolismo.
Quer saber como tratar esse problema e/ou ajudar alguém que esteja passando por este problema? Continue a leitura conosco.
O que é de fato o alcoolismo?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o alcoolismo uma doença porque este é o vício do indivíduo de consumir álcool, onde ele acaba consumindo bebidas alcoólicas em excesso, de forma contínua e compulsiva.
Com este excesso, o dependente acaba desenvolvendo certa tolerância ao álcool, o que levará ao aumento do consumo, para conseguir obter os efeitos que antes eram obtidos com quantidades menores.
O alcoolismo se desenvolve quando o indivíduo não consegue mais ficar sem consumir a substância alcoólica e, caso suspenda o consumo, apresenta sintomas de abstinência: tremores, ansiedade, fadiga, depressão e até dores de cabeça.
Existe um padrão para o consumo de bebidas alcoólicas?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o álcool é uma substância amplamente consumida na sociedade atual e, é responsável por cerca de 5,3% das mortes a cada ano.
O consumo de álcool em excesso também é o estopim de diversos tipos de doenças, já que muitas são decorrentes desse fator.
Compreender os efeitos nocivos do álcool na saúde física e mental de um indivíduo é um fator muito importante na prevenção do vício causado pelo consumo de álcool.
Os padrões aceitáveis de consumo de álcool são desenvolvidos levando-se em consideração aspectos médicos e psicossociais, com o objetivo principal de esclarecer e informar a população em geral sobre o consumo de álcool e suas consequências para o indivíduo e para a sociedade.
Entretanto, os padrões estipulados para o uso de álcool são: uso moderado de álcool e consumo episódico alto (ou beber pesado episódico – BPE).
Uso moderado de álcool
O consumo de álcool de forma moderada se refere ao consumo de álcool com baixo risco de desenvolver doenças e distúrbios relacionados ao álcool. Esse modo de consumo veicula ideias diferentes entre as pessoas, pois é facilmente confundido com o consumo social, que é aceito como normal pela sociedade.
De acordo com o Instituto Nacional de Abuso e Alcoolismo (NIAAA), o consumo moderado de álcool é usado para se referir a pessoas que consomem bebidas alcoólicas de forma limitada, sem prejudicar a pessoa ou a sociedade de modo geral.
Ainda de acordo com o NIAAA, o consumo moderado de álcool pode variar de pessoa para pessoa. Estudos indicam que o uso moderado é de uma a cinco doses por dia.
No entanto, esse termo apresenta muitos problemas, pois o consumo moderado de álcool pode variar de acordo com o metabolismo de cada indivíduo, sua predisposição genética e o tempo de uso da substância.
Consumo episódico alto (ou beber pesado episódico – BPE)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou que o consumo episódico alto (ou beber pesado episódico – BPE) é o consumo de 4 ou mais doses de álcool por uma pessoa no mesmo dia.
Esse padrão de consumo vai além do consumo moderado, em que o indivíduo consome álcool de maneira excessiva diariamente, por exemplo, três doses ou mais por dia.
Isso faz com que ocorram não apenas danos a longo prazo, mas também imediatamente para a saúde, como acidentes rodoviários, amnésia alcoólica ou intoxicação de álcool, danos em vários órgãos e sistemas, como o fígado, os rins, sistema nervoso e cardiovasculares.
Além de tudo isso, possíveis danos mentais e psicológicos, que podem levar à perda da coordenação motora e do equilíbrio, causar demência e levar ao desenvolvimento de ansiedade e depressão.
Sinais do alcoolismo
Dentre os sinais que o alcoolismo apresenta, podemos destacar os seguintes:
- Necessidade de ingerir altas doses de álcool para sentir os efeitos da bebida;
- Dificuldades em parar de beber ou reduzir a quantidade de bebida alcoólica quando começa a ingeri-la;
- Vontade incontrolável de ingerir bebidas alcoólicas.
Além disso, quando não ingere bebidas alcoólicas, o dependente apresenta alguns sinais de abstinência. São eles:
- Enjoos e náuseas;
- Angústia;
- Nervosismo;
- Suor excessivo;
- Ansiedade;
- Tremedeira.
Com o auxílio de médicos, psicólogos e até mesmo psiquiatras é possível diagnosticar um paciente vítima do alcoolismo.
Como é realizado o tratamento para alcoolismo
O tratamento para alcoolismo deve necessariamente partir da disposição do paciente em mudar esse comportamento e reconhecer que o consumo excessivo, progressivo e abusivo de bebidas alcoólicas causa problemas em sua vida.
Pode muitas vezes ser multidisciplinar, envolvendo profissionais como psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais e até hepatologistas, se o paciente tiver problemas de fígado devido ao uso abusivo de álcool.
A investigação diagnóstica do paciente com traços de alcoolismo é realizada por meio de uma análise comportamental do último trimestre, levando em consideração alguns problemas, como a dificuldade de conter a vontade irreprimível de consumir bebidas alcoólicas e o impacto na vida social e profissional.
Durante essa avaliação individual, o médico ou psicólogo deverá verificar os aspectos que definem se há dependência do álcool ou apenas uso nocivo dessa substância. Essas observações são essenciais para identificar a gravidade do problema a fim de adotar a conduta mais adequada.
Para se obter um bom diagnóstico, é importante levar em consideração alguns fatores. São eles:
- Afastamento total ou redução do convívio social;
- Características que apontam tolerância ao álcool;
- Compulsão por bebidas alcoólicas;
- Dificuldade para controlar a quantidade de bebida ou momento de parar de beber;
- Diminuição da expectativa quanto ao futuro ou desinteresse pelas atividades da rotina;
- Sinais evidentes de abstinência física e mental ao cessar o consumo.
Existem vários tipos de tratamento para o vício do Álcool, mas nem todos são eficazes, os mais indicados são psicoterapia, medicamentos, grupos de apoio e a internação.
Mas se no caso do dependente puder ser realizado apenas um modelo de tratamento, a internação é a opção mais segura, pois não só afastará o paciente da influência física da droga, mas também amigos e parentes que consomem o álcool juntamente com ele.
Internação voluntária (consentida pelo paciente)
Se o paciente tem consciência da própria situação e dos problemas que vive, além de sofrer de sintomas depressivos, que podem afetar a vida, a autoestima, o trabalho e principalmente os relacionamentos, a internação voluntária ajuda a manter o contato com uma equipe multidisciplinar capaz de cuidar da saúde do paciente e reabilitá-lo para que ele volte a viver bem consigo mesmo e com quem ama.
Internação compulsória (sem o consentimento do paciente)
A internação compulsória em casos de tratamento para alcoolismo pode ser classificada em:
Internação involuntária
De acordo com a Lei 10.216/01, o familiar do dependente pode solicitar internação involuntária, desde que a solicitação seja feita por escrito e aceita pelo psiquiatra.
A lei prevê que, nestes casos, os responsáveis técnicos do local onde o paciente será internado terão o prazo de 72 horas para informar o Ministério Público da internação e quais são os motivos.
O objetivo deste comunicado é evitar que esse tipo de internação seja utilizado para o exercício de cárcere privado.
Internação compulsória
Neste caso de internação, não é necessária a autorização da família do dependente alcoólico.
O Art. 9º da Lei 10.216/01 estabelece a possibilidade de internação compulsória, a qual é sempre determinada pelo juiz, mediante requerimento formal concedido por um médico, atestando que a pessoa não tem controle sobre sua condição psicológica e física.
E os alcoólatras que não querem ser ajudados, como fazer?
Embora esta situação seja mais difícil, ainda existem soluções para o que pode ser feito para ajudá-lo.
O diálogo ainda é uma boa opção, entenda por que eles não querem ser ajudados ou sentem que precisam de ajuda, certifique-se de continuar incentivando o tratamento para alcoolismo e não incentive comportamentos que envolvam o consumo de álcool.
Se a pessoa está determinada a ficar como está, mas continua a colocar a si mesmo e a outras pessoas que vivem com ela em risco, a internação involuntária e a compulsória podem ser alternativas, uma vez que a pessoa está em risco e outras pessoas ao seu redor também devido à sua dependência.
Conclusão
O alcoolismo, embora seja um problema grave e crescente, muitas vezes é esquecido, além de prejudicar o dependente, também prejudica a família, os amigos e a comunidade na qual o indivíduo está inserido.
Embora não haja cura, existem alguns tipos de tratamento para alcoolismo, que é um problema crônico e que requer atenção multidisciplinar para abordar as diferentes fases da dependência.
Os motivos pelos quais toda pessoa busca certo “apoio” no álcool são variados, é impossível entender todos. Mas isso não importa, porque a obsessão e a compulsão poderão estar sob controle, porém só o tratamento para alcoolismo poderá fazer a diferença.
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